Neste final de semana o mundial da fórmula chega ao circuito de Monza (Itália), circuito localizado na província de Monza ao norte de Milão, um dos mais tradicionais circuitos da fórmula 1, sendo disputados GPs desde a 1ª temporada da fórmula em 1950, é um circuito muito rápido com longas retas, o que proporciona o piloto a passar a maior parte do tempo com o pé embaixo e aceleração a 100%, é uma pista muito plana, com poucas elevações e pelas longas retas a pista testa mais a força dos motores do que as habilidades dos pilotos.
A volta é iniciada na longa reta denominada Rettifilo Tribune ao longo da qual estão construídos os boxes e o paddock. Depois, entra-se na Prima Variante, uma chicane
direita-esquerda bastante lenta. A freada para esta curva é tida como
muito difícil, visto que a redução é de 350 km/h para não mais que 100
km/h. Passada a Prima Variante, é a hora da Curva Biassono (ou Curva Grande), curva à direita de velocidade média. Pouco mais à frente, há a Variante della Roggia, bastante parecida com a Prima Variante, mas com direção oposta (esquerda-direita). A parte mais técnica do circuito é iniciada com as Curve di Lesmo, dupla de curvas à direita. O circuito readquire velocidade com a reta acompanhada da velocíssima Curva del Serraglio para, então, entrar na Variante Ascari,
uma curva curta à esquerda que prossegue com curva longa à direita e
conclui com outra esquerda a quase 90°. Após passar pela reta oposta,
chegamos à histórica curva do traçado: La Parabolica, grande curva à direita feita a velocidade média (200 km/h na F1) que leva à reta dos boxes.
Dentre os maiores vencedores do circuito italiano estão:
M. Schumacher 5 vitórias (1996, 1998, 1999, 2000 e 2003)
R. Barrichello 3 vitórias (2002, 2004 e 2009)
A. Prost 3 vitórias (1981, 1985 e 1989)
N. Piquet 3 vitórias (1983, 1986 e 1987)
R. Peterson 3 vitórias (1972, 1973 e 1976)
S. Moss 3 vitórias (1956, 1957 e 1959)
J. Fangio 3 vitórias (1953, 1954 e 1955)
O italiano Alessandro Zanardi, ex-piloto da Fórmula 1 e Indy,
sagrou-se campeão da categoria H4 do ciclismo Paralímpico nos Jogos de
Londres. Ele cravou o tempo de 12’11”13 no percurso de 16 quilômetros da
corrida. Foi uma vitória tranquila, com uma vantagem de 13 segundos de
vantagem para o segundo colocado.
Zanardi, hoje com 45 anos, correu na F-1 entre 1991 e 94 por equipes
pequenas e depois mudou-se para os Estados Unidos, onde foi bicampeão da
Fórmula Indy em 1997/98. Retornou para Fórmula 1 pela Williams, em
1999, sem repetir o mesmo sucesso. Ele retornou para a Indy em 2001 e
sofreu o fatídico acidente no oval de Lausitzring, na Alemanha, no dia
15 de setembro.
Na saída dos boxes, Zanardi perdeu o controle do carro e acabou
rodando, ficando atravessado na pista. Seu carro foi atingido em cheio
por Alex Tagliani, que não teve como desviar. Zanardi teve as duas
pernas amputadas e quase morreu na pista, tendo sido reanimado várias
vezes após paradas cardíacas.
Após recuperar-se, o piloto voltou a competir em carros de Turismo
adaptado, no Campeonato Europeu (ETCC) e no Superturismo Italiano até
2006. Depois disso, passou a dedicar-se ao atletismo.
Rubinho já pensa em um novo contrato na Indy para a temporada 2013
todo mundo perguntando se caso a Renault me chamasse pra correr em Monza se eu iria???a resposta é Sim,claro...
— Rubens Barrichello (@rubarrichello) setembro 3, 2012
Rubinho brinca, sobre o substituto de R. Grosjean no GP da Itália
A loja da Ferrari em Maranello tem exposto o F2002, o carro que mais pilotei na minha época de piloto de tes instagr.am/p/PKNyIQQlOZ/
— Luciano Burti (@LucianoBurti) setembro 4, 2012
Luciano Burti, já na Itália para cobrir a próxima etapa do mundial, mostra o museu da Ferrari e o carro modelo de 2002, da época em que era piloto de testes da escuderia italiana
Just finished day 1 in Catalunya circuit. Its always amazing to drive the F1 car. Lots of work done for #Pirelli for 2013, very good session
— Lucas di Grassi (@LucasdiGrassi) setembro 4, 2012
Lucas di Grassi segue testando os compostos da Pirelli, os testes estão ocorrendo no circuito da Catalunia na Espanha.
Grosjean foi punido pela largada desastrosa na Bélgica
Romain Grosjean, da Lotus, foi suspenso por uma corrida por ter provocado o “cinematográfico” na largada do GP da Bélgica.
Considerado culpado pela direção de prova, o piloto está fora do GP da
Itália do próximo fim de semana. Além disso, ainda recebeu uma multa de
50 mil euros (aproximadamente R$ 130 mil). O suíço naturalizado francês
espremeu a McLaren de Lewis Hamilton na reta de Spa-Francorchamps. O
inglês tocou na grama, perdeu o controle do carro e subiu na Lotus. Na
seqüência, os dois fizeram um “strike” nos pilotos da frente, atingindo a
Ferrari de Fernando Alonso e os dois carros da Sauber, de Sergio Pérez e
Kamui Kobayashi. Com exceção do japonês, que voltou à prova e terminou
em 13º, todos os demais abandonaram.
- Os comissários consideram este incidente como uma violação
extremamente grave dos regulamentos, que tiveram o potencial de causar
ferimentos a outras pessoas. Isto eliminou da corrida fortes candidatos
ao título. Os comissáiros observaram que a equipe reconheceu que a ação
do piloto foi um erro muito sério e um erro de julgamento. Nem equipe
nem pilotos apresentaram pedido de redução de pena – informou a
Federação Internacional de Automobilismo, através de comunicado.
A Lotus poderá utilizar um piloto no lugar de Grosjean em Monza. O
piloto reserva da escuderia é o belga Jerome D'Ambrosio, que defendeu a
Marussia em 2011. Questionado logo após a corrida se havia sido
responsável pela batida, o francês disse que preferia esperar ver o
replay do incidente. Depois de saber da punição, ele reconheceu o erro e
pediu desculpas. Além disso, admitiu ficar chateado com a pena e se
disse aliviado em niguém ter se machucado.
- Quando você ama correr é muito difícil. Cometi um erro, julguei mal o
espaço com Lewis. Tinha certeza que estava na frente dele. Um pequeno
erro provocou um grande acidente. Foi uma largada louca, com Pastor
(Maldonado) queimando e uma Sauber (de Kamui Kobayashi) saindo muita
fumaça Não mudei minha linha. Fui da esquerda para a direita. Não queria
jogar ninguém na parede. Não estou aqui para acabar a corrida na
primeira curva. Sinto muito e estou feliz que ninguém tenha se
machucado. Mas tenho que reconhecer que é uma decisão muito dura de
ouvir. Estou com raiva de mim mesmo – falou
Pastor Maldonado queimou a largada na Bélgica
Pastor Maldonado
recebeu duas punições após a corrida deste domingo. Com a decisão, o
piloto da Williams perderá dez posições no grid do GP da Itália que
acontece na próxima semana. Os comissários julgaram que a batida com
Timo Glock foi culpa do venezuelano e também o puniram por queimar a
largada na Bélgica.
Como a penalidade para cada ação do piloto seria de cinco posições no
grid, elas foram somadas e deverão ser cumpridas em Monza. A pena por
queimar a largada não pôde ser aplicada em Spa, uma vez que Maldonado
não terminou a corrida. Geralmente, nestes casos, o piloto perde cinco
posições no resultado final.
- Eu cometi um pequeno erro na largada por que a embreagem escapou da
minha mão antes das luzes vermelhas se apagarem – explicou o conformado
Maldonado.
O venezuelano é o piloto que mais recebeu punições na temporada. Já foi
penalizado por incidente com Sergio Pérez (Sauber) no GP da Inglaterra,
por toque em Paul di Resta (Force India) na Hungria, por batida com
Lewis Hamilton (McLaren) em Mônaco e, no último sábado, por bloquear a
Force India de Nico Hulkenberg durante o treino classificatório. E as
"peripércias" do venezuelano não se restringem às corridas. Mês passado,
o piloto "pagou um mico" ao bater em uma exibição da Williams nas ruas de Caracas, capital de sua terra natal.
A poucas voltas do fim do GP da Bélgica, Bruno Senna
seguia na oitava colocação após ter largado em 17º, somando pontos
importantes para o campeonato. No entanto, sua Williams começou a perder
rendimento. Após ser superado pelas STR de Jean-Eric Vergne e Daniel
Ricciardo, ele precisou fazer um segundo pit stop, não previsto, na 40ª
das 44 voltas da corrida em Spa-Francorchamps, perdendo a chance de
chegar pela sétima vez na zona de pontuação, ao terminar em 12º. Bruno revela que a queda repentina de desempenho foi devido a um pequeno furo em seu pneu traseiro direito.
- Partimos para uma estratégia agressiva e parecia que o safety car
iria nos ajudar. Porém, no fim, o ritmo entre os carros com pneus novos e
velhos estava muito grande. Ainda tivemos um pequeno furo que
significou que precisamos parar mais uma vez. Foi o último prego no
nosso caixão.
Bruno começou muito bem a prova. Ele escapou do impressionante acidente
da largada e pulou da 17ª para a oitava colocação. Daí em diante,
seguiu no pelotão intermediário protagonizando duelos com Mark Webber e
Sebastian Vettel, da RBR, além de Felipe Massa, Ferrari, e Paul di Resta (Force India) até passar a enfrentar dificuldades nas
voltas finais. Decepcionado com o resultado, o brasileiro suspeita que
um leve toque tenha provocado o problema no pneu. Agora ele quer seguir
em frente e se concentrar no GP da Itália do próximo fim de semana.
- Quando passei o Paul di Resta, houve um choque, mas a perda de
pressão não foi imediata. Então, não dá para dizer que foi o toque que
provocou o problema. No fim das contas, foi um dia que queremos deixar
para trás. Mas precisamos aprender quantas lições for possível para ter
certeza que chegaremos em Monza na melhor condição possível para somar
bons pontos para a equipe – analisou.
A prova para seu companheiro de Williams, Pastor Maldonado, durou
apenas cinco voltas. O venezuelano danificou o aerofólio dianteiro na
confusão da largada e precisou seguir para os boxes. No recomeço da
corrida, tocou na Marussia de Timo Glock, quebrou o bico novamente e
abandonou.
O inglês Jenson Button cumpriu seu objetivo de fechar o fim de semana
mais próximo da briga pelo título do Mundial de pilotos. Largando na
pole position, o piloto da McLaren liderou de ponta a ponta para vencer o
Grande Prêmio da Bélgica e ainda contou com o abandono de vários de
seus concorrentes diretos na disputa pelo campeonato.
Com o resultado, Button chega aos 101 pontos, ainda na sexta posição no
Mundial, mas mantém vivo o sonho do título. Líder do Mundial com 164
pontos, o espanhol Fernando Alonso não passou da primeira curva, vítima
de um acidente provocado pelo francês Romain Grosjean e que também tirou
o inglês Lewis Hamilton, quatro no campeonato, da corrida.
Após treino de classificação frustrante, a Red Bull foi a grande
beneficiada pela confusão na largada. O alemão Sebastian Vettel, que
largou em 10º, terminou na segunda colocação e colou em Alonso na briga
pelo campeonato. O australiano Mark Webber foi o sexto e também se
aproximou do espanhol na disputa do título.
O brasileiro Felipe Massa também teve um bom desempenho no GP da
Bélgica. O piloto da Ferrari largou 14º e terminou a prova na quinta
posição. Já Bruno Senna sofreu com tática de uma parada escolhida pela
Williams, precisou mudar a estratégia no fim da corrida e foi apenas o
12º.
A corrida
A largada foi marcada por diversas confusões. Romain Grosjean forçou
ultrapassagem e provocou um grande acidente logo na primeira curva. O
francês acertou o carro de Lewis Hamilton, decolou por cima do carro de
Fernando Alonso e tirou os dois candidatos ao título da corrida, além do
mexicano Sergio Perez.
O venezuelano Pastor Maldonado, que havia perdido três posições no grid
devido a manobra irregular no treino classificatório, voltou a
aprontar. Queimou a largada, pulou para a segunda posição, mas na
sequência se envolveu em um acidente e deixou a prova.
A Sauber, grande sensação do dia anterior, teve um início de prova
desastroso. Além de perder Perez no acidente com Grosjean, viu o japonês
Kamui Kobayashi ter problemas mecânicos na largada e cair da segunda
para a última colocação.
Os incidentes, que provocaram a entrada do safety car na pista por
cinco voltas, favoreceram os brasileiros. Bruno Senna teve largada
impressionante e pulou da 17ª colocação para o oitavo lugar. Felipe
Massa ganhou três posições e subiu de 14º para 11º. O maior beneficiado,
porém, foi o alemão Nico Hulkenberg, que largou em 11º e terminou a
primeira volta em terceiro.
Schumacher também entrou na briga pelas primeiras colocações e, após
ultrapassagem sobre Raikkonen, pulou para a segunda posição antes da
primeira parada para troca de pneus. Button se manteve na pole com
tranquilidade, longe das confusões, enquanto Vettel aproveitou para
atacar, deixou Mark Webber e Bruno Senna para trás, e subiu para quinto
na 14ª volta.
Com mais uma ultrapassagem na última curva, Felipe Nasr conquistou o
segundo lugar, neste domingo em Spa, na etapa número 2 do final de
semana da GP2 na Bélgica. O brasileiro, que havia terminado em oitavo na
corrida de ontem, saiu na pole hoje, mas caiu pra quarto logo na
largada. Luiz Razia, que lidera o campeonato ao lado de Davide Valsecchi
não pontuou, após ser tocado por James Calado na primeira volta. Razia
rodou e acertou justamente seu adversário na briga pelo título. O checo
Josef Kral venceu a prova de hoje. Calado foi o terceiro.
Com a soma das duas etapas de Spa-Francorchamps, Razia e Valsecchi
lideram com 204 pontos. James Calado está em terceiro, com 160 pontos e
Esteban Gutiérrez é o quarto com 150. Faltam quatro provas (duas em
Monza e duas em Cingapura) para o término do campeonato.
“É um pouco tenso para todos os envolvidos esse empate no final do
campeonato, mas ainda temos duas corridas e o carro está bom, então é
continuar trabalhando”, comentou Luiz Razia ao final da prova. O baiano
explicou o que houve nas primeiras curvas do GP desse domingo. “Não
larguei muito bem, mas depois fiz uma boa escolha na primeira curva,
tracionei bem e estava em terceiro. Fiz a Eau Rouge com mais velocidade
que o calado e coloquei do lado esquerdo pra fazer a ultrapassagem. Já
estava com o bico à frente da roda traseira dele, quando ele um puxou
pro lado. Foi muito rápido, não tive como frear, reagir e fui pra grama.
Sorte que não houve nada mais sério”, explicou. “Foi uma pena, pois
tínhamos carro pra conseguir um pódio sem problemas”, concluiu Razia que
continuou na corrida e terminou em 20º.
Felipe Nasr viu o acidente de camarote e só precisou evitar colidir com
Razia, que atravessou a pista. “Não vi quem tocou quem, foi muito
rápido. Mas quando vi o Razia atravessado só deu tempo de escolher um
lado. Fui pra esquerda e acho que foi a escolha certa”, disse o
brasileiro.
Nasr mais uma vez deu um show no final. Ontem, com uma ultrapassagem na
última curva sobre Richelmi, ele garantiu a oitava posição e,
consequentemente, a pole pra prova de hoje. Hoje, a vítima foi James
Calado. “Depois da prova de ontem, vi que o consumo de pneus seria a
chave pra hoje. Então procurei cuidar bem deles e faltando cinco voltas
para o final, comecei a acelerar. Pena que demorei para ultrapassar o
calado, senão dava para brigar pela vitória no final”, analisou Nasr,
que lamentou a perda de alguma posições na largada. “Perdi a tração e
não consegui sair do lugar, fiquei patinando. 80% da corrida foi
decidido ali”, definiu.
O próximo final de semana da GP2 começa já nesta sexta-feira, em Monza.
Resultado de hoje em Spa:
1º) Josef Kral (CZE/Barwa Addax)
2º) Felipe Nasr (BRA/DAMS)
3º) James Calado (GBR/Lotus GP)
4º) Marcus Ericsson (SWE/iSport International)
5º) Fabio Leimer (SUI/Racing Engineering)
6º) Stéphane Richelmi (MON/Trident)
7º) Rio Haryanto (INA/Carlin)
8º) Stefano Coletti (MON/Coloni)
Classificação do campeonato:
1º) Luiz Razia (BRA/Arden), 204 pts
2º) Davide Valsecchi (ITA/DAMS), 204
3º) James Calado (GBR/Lotus), 160
4º) Esteban Gutiérrez (MEX/Lotus), 150
5°) Giedo van der Garde (NED/Caterham), 141
6°) Max Chilton (GBR/Carlin), 124
O sueco Marcus Eriksson (iSport International) venceu neste
sábado a primeira das duas corridas da GP2 a serem disputadas no
circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Já o brasileiro Luiz Razia
(Arden International) foi o sexto colocado e já não é mais o líder
isolado do campeonato.
A prova foi interrompida por quase 30 minutos com bandeira vermelha
devido a um grave acidente sofrido pelo holandês Nigel Melker (Ocean
Racing). Na quarta volta, o piloto bateu forte na subida da curva
Raidillon e teve que ser transferido de helicóptero até um hospital.
Ericsson completou as 25 voltas com 11s5 de vantagem para o britânico
James Calado (Lotus GP), segundo colocado. O terceiro foi o italiano
Davide Valsechi (DAMS), que chegou a 204 pontos na temporada, mesmo
número de Razia. O brasileiro fez um mau treino classificatório, largou
apenas em 18º e fez uma boa corrida de recuperação.
O outro representante do Brasil na categoria, Felipe Nasr (DAMS),
terminou a prova deste sábado em oitavo lugar e largará em primeiro
neste domingo, em uma disputa mais curta, de 18 voltas.
Tá cada vez mais emocionante acompanhar os jovens pilotos da GP2, as provas são cheias de disputas e ultrapassagens, a briga pelo título está acirradíssima entre o italiano Davide Valsecchi e o brasileiro Luiz Razia, motivo a mais para nós brasileiros acompanharmos a GP2.
A segunda rodada em Spa acontece amanhã as 05:30hs de Brasília com transmissão do Sportv, Felipe Nasr larga na pole com Luiz Razia em 3° e Valsechi em 6°.
Confira a classificação do campeonato da GP2
1 - L. RAZIA 204 2 - D. VALSECCHI 204 3 - E. GUTIÉRREZ 150 4 - J. CALADO 150 5 - G. VAN DER GARDE 141 6 - M. CHILTON 124 7 - F. LEIMER 97 8 - M. ERICSSON 81 9 - J. CECOTTO 80 10 - F. NASR 73
GP de Mônaco, maio de 2009. O carro? O branco com detalhes verde
fluorescentes da Brawn. Esta tinha sido a última vez que Jenson Button
havia conquistado uma pole position na Fórmula 1. Mas no treino
classificatório para o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, o britânico
enfim acabou com o jejum. Soberano, anotou o tempo de 1m47s573 e largará
na posição de honra pela primeira vez na McLaren, escuderia que defende
desde 2010. Ele tem mais sete poles na carreira, duas pela BAR, uma
pela Honda e quatro pela Brawn, time pelo qual foi campeão mundial de
2009. Quem também conseguiu um feito inédito foi Kamui Kobayashi. Dono
do segundo tempo do dia (1m47s871), o japonês da Sauber nunca largou na
primeira fila.
Logo em seguida viria Pastor Maldonado, da Williams. Mas o venezuelano foi punido pela direção da prova com a perda de três posições no grid por bloquear a Force India de Nico Hulkenberg durante o Q1. Com isso, o terceiro lugar caiu no colo de Kimi Raikkonen, da
Lotus. Sergio Pérez, da Sauber, e Fernando Alonso, da Ferrari, também se
beneficiaram e subiram para quarto e quinto lugar, respectivamente.
Lewis Hamilton, companheiro de McLaren do pole Button, aparece apenas em
sétimo.
Se no último GP, na Hungria, Felipe Massa e Bruno Senna avançaram
juntos à superpole pela primeira vez na temporada, desta vez os
brasileiros foram eliminados no Q2 e ficaram de fora das dez primeiras
posições no grid. Um mau recomeço para a dupla que busca engrenar na
parte final da temporada. Massa ficou com o 14º tempo, enquanto Bruno
foi apenas o 17º.
Quem também caiu no Q2 foi o heptacampeão Michael Schumacher, o alemão foi o 13º. Seu compatriota Sebastian Vettel também
decepcionou. Fez o 11º tempo, mas larga em décimo porque ganha o lugar
do parceiro de RBR, Mark Webber, que perdeu cinco posições por trocar de câmbio, e parte em 12º.
Confira o novo grid de largada para o GP da Bélgica, 12ª etapa da temporada:
1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m47s573
2 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m47s871
3 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1m48s205
4 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m48s219
5 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m48s313 6 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m47s893*
7 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m48s394
8 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m48s538
9 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m48s890
10 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m49s722
11 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1m49s362 12 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m48s392**
13 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m49s742 14 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m49s588
15 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - 1m49s763
16 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m49s572 17 - Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - 1m49s958
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - 1m51s739
19 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - 1m51s967
20 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - 1m52s336
21 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - 1m53s030
22 - Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - 1m53s493 23 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m50s181**
24 - Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - 1m54s989 * Pastor Maldonado foi punido com a perda de três posições no grid por bloquear Nico Hulkenberg durante o Q1.
** Mark Webber e Nico Rosberg perderam cinco posições no grid por trocarem o câmbio, respectivamente, da RBR e da Mercedes.
Fonte: Globo Esporte
Naquele fatídico 1º de maio de 1994, enquanto Ayrton Senna
era atendido pela equipe médica na “maldita” curva Tamburello no
circuito de Ímola, um carro vermelho desobedeceu as bandeiras vermelhas,
saiu dos boxes e parou próximo ao local do acidente que tirou a vida do
brasileiro. Era o piloto francês Érik Comas a bordo de sua Larousse.
Ele se aproximou do helicóptero e dos fiscais de pista, observou o
tricampeão gravemente ferido e ficou tão impressionado com a cena que
não continuou na prova e, no fim do ano, abandonou a Fórmula 1.
O grande choque de Comas tem explicação. Ele tinha uma relação muito
peculiar com Ayrton. Dois anos antes, os dois vivenciaram papéis
inversos. Há 20 anos, em uma sexta-feira de treinos em
Spa-Francorchamps, palco do GP da Bélgica do próximo fim de semana, o
francês bateu fortemente com sua Ligier na curva Blanchimont e ficou
atravessado no meio da pista.
Ao ver o colega acidentado, Senna imediatamente parou o carro no
circuito e, literalmente, saiu correndo para ajudá-lo. Ao perceber que o
piloto estava desacordado com o pé no acelerador, desligou o motor para
evitar uma possível explosão. Na sequência, ainda segurou a cabeça de
Comas em uma posição confortável, tendo certeza que o piloto respirava
até a equipe médica chegar ao local.
Anos depois, em um depoimento emocionado à TV francesa, Érik Comas
quebrou o silêncio sobre o assunto e, grato pela atitude, disse que teve
a vida salva por Ayrton.
- Vi o vídeo depois, mas não lembro de nada. É como se minha memória
tivesse apagado momentos antes do impacto. O pneu dianteiro direito
atingiu minha cabeça e me levou a nocaute. Estava inconsciente, mas
continuei com o pé no acelerador. Ayrton chegou e ouviu o som dos giros
do motor. Parou e correu em minha direção enquanto ainda havia carros
passando na pista. Eles estavam mais lentos porque havia bandeiras
amarelas, mas a pista não estava vazia. Ele desligou meu carro. Naquele
momento havia um risco real muito grande de explosão. Como consequência
da batida, havia alguns vazamentos e ninguém pode imaginar o que teria
acontecido. Ayrton salvou minha vida – contou o piloto de 28 anos, que,
após deixar a F-1, seguiu carreira no Turismo, colecionando vitórias no
Japão, além de participações na tradicional 24h de Le Mans, na França.
Dino Altmann, diretor médico do GP do Brasil desde 1990, destaca que,
apesar de inusitada, a atitude de Ayrton foi acertada. Ele lembra que o
brasileiro conhecia muito bem os procedimentos de primeiros socorros,
adquiridos em conversas com Sid Watkins, delegado da equipe médica e de
segurança da F-1 durante 26 anos, de quem era amigo próximo.
- Desde um acidente com Martin Donnelly, em 1990, Ayrton mostrava
preocupação crescente com segurança. Na época, ele foi próximo ao local e
assistiu o resgate. E Senna tinha grande proximidade com Sid Watkins.
Eles eram muito amigos, de ir pescar juntos no Brasil, no Pantanal. E em
pescarias se conversa muito, não é? Ele sempre perguntava o que poderia
fazer para ajudar quando se deparasse com algum acidente. E o Sid
falava alguns procedimentos para serem tomados. Então, mesmo como leigo,
Senna sabia muito bem o que fazer para ajudar a equipe médica. Não foi
algo que ele foi lá mexer sem saber o que estava fazendo. Ele sabia
exatamente como proceder – destaca Dino, lembrando a chocante batida que
acabou por encerrar a carreira de Donnelly em um treino em Jerez, na
Espanha. O carro do britânico partiu em dois e o piloto ficou solto na
pista, preso apenas ao banco.
Erik Comas
A atitude de Senna fez Érik Comas ter muita admiração pelo brasileiro.
Dois anos depois do traumático episódio em Spa, quis o destino que os
dois se reencontrassem em papéis inversos. No mesmo depoimento à TV
francesa, o piloto contou que em 1994, em Ímola, tentou retribuir, mas
era tarde demais, não havia mais nada que ele pudesse fazer.
- Quando passei na curva Tamburello, os helicópteros médicos, as
ambulâncias, o carro de Ayrton, todos estavam lá. Vi que já estava
colocado em uma maca, então parei meu carro. Uma paralisia me bateu,
porque eu estava próximo de um homem que, dois anos antes, tinha salvado
minha vida e eu não podia fazer nada para ajudá-lo. Isso foi horrível.
Ele salvou minha vida, mas eu cheguei muito tarde. Eu não era médico, e o
estado que ele estava era muito pior que o meu. O acidente dele foi
diferente do meu. Mas me encontrar naquela situação, ao lado dele, me
sentindo tão impotente, foi uma experiência horrível. Fui o último
piloto a vê-lo. Foi difícil aceitar que tive a honra de fazer a última
visita antes de ele ir embora. Para mim, foi o fim do livro na Fórmula
1.